quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Não te odeio, mas já não te amo





Foste o amor da minha vida, disso não me restam dúvidas. Vivia para ti. Antes de tudo, antes de mim e ficou tanto por amar, tanto por viver.
Confiei demasiado em ti. Confiei nas tuas promessas, nos teus sonhos, nas tuas palavras. Confiei nos nossos momentos, nos nossos planos para o futuro. Confiei tanto em ti, em nós que poria as minhas mãos no fogo por ti e agora estaria queimada.
Foste o meu quase. O meu quase amor, a minha quase felicidade. Mas eu não vivo de quase, tu também não e fizeste com que o quase virasse nada.
Fizeste-me egoísta ao ponto de te querer só para mim e generosa ao ponto de te dar o mundo todo. Foste a melhor e a pior pessoa da minha vida... é estranho não é?! Mas é isso que sinto.
Mesmo que saibamos que tudo acaba nunca estamos preparados para perder alguém mas é mesmo assim; por vezes ganhas, por vezes perdes e eu perdi-te. Afinal tu procuraste outra pessoa que te fizesse sentir uma borboleta enquanto que a minha deu a volta ao mundo com a esperança de voltar a pousar em ti. Mas tal como disse tudo acaba e em algum momento tinha de te deixar para trás, finalmente deixei-te ir. Mesmo que haja dias em que não faça sentido o importante é acreditar que as coisas boas acontecem quando deixamos ir aquelas que não nos fazem bem, e não imaginas as vezes que tive de morrer para te matar em mim...
Não te odeio, mas também já não te amo. Guardo a aprendizagem de tudo de bom e de mau que me deste. Guardo o que é bom recordar.
O encanto desapareceu... e quando o encanto desaparece não há nada que sobreviva.