quarta-feira, 3 de junho de 2015

Ainda há tanto de ti em mim...


Olho para trás e ainda há tanto de ti em mim, como só eu tive e não vou esquecer. Não vou esquecer aquela tua forma carinhosa de ser, a diferença entre aquele sorriso mais falso que fazes quando te tiram fotos e aquele sorriso, o sorriso que nascia espontaneamente quando íamos “dançar tango”. Não vou esquecer como és quando estas realmente apaixonado e, como és capaz de tudo, tudo mesmo para fazer feliz a mulher da tua vida. Não vou esquecer aquela tua maneira de morder o lábio ou essa tua panca por espelhos que ao início eu achava tão egocêntrica e que depois se foi tornando na coisa mais fofa do mundo, como tudo aquilo que tem a ver contigo.
Não vou esquecer a tua cara quando comias aquele frango que tu próprio cozinhavas e que dizias estar tão bom. Não vou esquecer como ficavas convencido quando usavas aquele creme que cheirava tão bem, lembras-te? É impossível esquecer a tua enorme força de vontade, o teu empenho em tudo o que fazes e como ficavas feliz quando algo te corria bem.
É impossível esquecer que não te importavas de não dormir a noite inteira para me fazer companhia se eu não conseguisse dormir e que sairias da cama às horas que fosse para me ir buscar qualquer coisa se tivesse fome ou sede. É inesquecível a maneira como te entregaste e dedicaste a mim, o esforço que fazias para que tudo se resolvesse quando algo de menos bom acontecia entre nós.
Tudo isto que ficou de ti ocupa os meus dias tal como o teu : “huuuummmm, bom dia amor” quando acordo, ou a tua “conchinha” ao adormecer ou até mesmo aquele “humhum” ao qual respondias da mesma maneira quando acordava a meio da noite só para saber que estavas comigo. A diferença é que agora não tenho resposta…
O que ficou de ti dá-me um medo horrivel só em pensar que eu posso encontrar-te com outro alguém e ter que fingir que está tudo bem, que está tudo certo. Foste embora e deixas-te a saudade e as lembranças, que de todas as coisas que deixas-te são as mais dolorosas.

Ainda há muito de ti em mim. Eu sei que vou perder esse “muito”, mas deixas-me ficar com ele, só mais um bocadinho? 

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